quinta-feira, 2 de agosto de 2018

Jennifer Aniston é capa da edição de Setembro da InStyle


Jennifer Aniston foi a escolhida para estampar a capa da edição de Setembro da famosa revista InStyle. Aos 49 anos, Jen esbanja beleza no photoshoot e muita carisma na entrevista que foi feita por sua amiga Molly McNearney, esposa do apresentador Jimmy Kimmel. Confira as fotos, vídeo e a entrevista de Jen para a revista.

ENTREVISTA

Eu conheci a Jen (não role os olhos – é assim que a chamamos) em minha cozinha há uns 6 anos atrás, quando meu marido, Jimmy [Kimmel], e eu convidamos nosso amigo Justin [Theroux] e sua nova namorada para comer pizza. No começo eu estava um pouco tiete que Rachel Green estava perto de minhas bananas. Ela estava usando jeans preto, uma regata preta, e uma sandália de cunha, e ela cheirava como férias. Mas meus nervos se acalmaram assim que ela me abraçou, puxou um limão da árvore para fazer sua vodca, e dissecou The Bachelor. Eu estava esperando pretensão (culpa minha). Eu consegui autenticidade e conexão real. Ela foi imediatamente acolhedora, como uma velha amiga. Ela é magnética assim. Sem limites, sem besteiras, e muita risada.

MOLLY MCNEARNEY: Quero começar essa entrevista com a luz apagada. Quando você vai voltar com o Brad? O Justin já usou seus jeans? Quando nascem os gêmeos?

JENNIFER ANISTON: [risos] Você é a única pessoa que poderia começar uma entrevista assim e na verdade me provocar uma histeria, e não urticária.

MM: Bem, eu admiro a sua habilidade de permanecer equilibrada e balanceada mesmo quando outros desesperadamente tentam contar sua história por você. Como você faz isso?

JA: Há definitivamente momentos de não estar equilibrada e balanceada, mas eu faço tudo em meu próprio espaço pessoal. Na maior parte eu posso me sentar no fundo e rir das ridículas manchetes porque elas têm ficado mais e mais absurdas. Eu acho que eles estão alimentando algum tipo de necessidade que o público tem, mas eu foco no meu trabalho, meus amigos, meus animais, e como nós podemos fazer do mundo um lugar melhor. As outras coisas são comidas ruins que precisam voltar pra gaveta.

MM: Qual o maior equívoco sobre você?

JA: Oh, Deus, há tantos. Vamos ver. Vou apenas me procurar no Google e descobrir. [começa a digitar] Oh, olhe, estou fazendo uma transformação de vingança de US$100.000,00.

MM: Eu não queria dizer nada, mas você realmente precisa de uma. Mas wow, os tablóides são severos.

JA: É muito louco. Os equívocos são “Jen não consegue manter um homem” e “Jen se recusa a ter um bebê porque ela é muito egoísta e comprometida com o trabalho”. Ou que eu estou triste e de coração partido. E segundo, aquelas suposições imprudentes. Ninguém sabe o que está acontecendo por trás das portas fechadas. Ninguém considera o quão sensível aquilo pode ser para o meu parceiro e eu. Eles não sabem por o que eu passei medicamente ou emocionalmente. Há uma pressão nas mulheres para serem mães, e se elas não são então elas tem os bens danificados. Talvez meu propósito neste planeta não seja procriar. Talvez eu tenha outras coisas que estou destinada a fazer?

MM: Sim! Pra começar você tem este novo filme Dumplin'. Você interpreta uma ex-participante de concurso de beleza, e você faz isso lindamente. Você já quis participar de concursos de beleza quando era mais jovem?

JA: Isso é histérico. Não. Você sabe como eu me parecia quando criança? A verdade é, está tudo mudando agora. É sobre o que esse filme se trata. É sobre redefinir a beleza e o que nós como sociedade interpretamos como beleza. Eu amo que a competição da Miss America irá se livrar da competição de roupas de banho.

MM: Eu também. Tenho certeza que minha filha irá ficar chocada quando eu contar que esta era uma forma de julgar mulheres na minha época.

JA: Definitivamente! Sabe, um corpo de maiô é um corpo em um maiô, não importa qual corpo seja. É hora de parar de pensar que beleza está em uma forma magra, o tamanho certo de bunda, de cintura, e as medidas certas. Isso é velho. Já fizemos isso. Já estivemos lá. Vamos seguir em frente.

MM: Como foi explorar o mundo dos concursos de beleza para se preparar para Dumplin'?

JA: Eu me diverti muito. Há mulheres que dedicam suas vidas para treinar garotinhas para concursos de beleza, e é muito sério. Eu amei aquelas mulheres e realmente aproveitei me aprofundar em suas mentes. Minha personagem é uma ex-rainha de concurso de beleza que é divertida, mas quebrada. É uma linda história de mãe e filha. E, claro, tem o incrível elemento da música: Dumplin' é uma homenagem a Dolly Parton, que escreveu seis canções originais para o filme. Ela tem um álbum todo para lançar quando o filme sair.

MM: Dolly é incrível.

JA: Ela é mágica. Eu me lembro da primeira coisa que ela me disse quando entrou em minha casa. Eu disse, “Eu não sei como você faz tudo o que ainda faz”. Ela disse, “Bem, eu sonhei sobre mim mesma em uma esquina, agora devo fazer jus a isso”.

MM: Tudo o que ela diz vira uma frase de para choque.

JA: Quando Dolly e eu assistimos ao filme juntas, nós estávamos em um cinema cheio de pessoas que não sabiam que estávamos sentadas no fundo. Durante uma das cenas mais engraçadas, ela está segurando a risada e sussurra para mim, “Eles não podem ouvir minha risada. Eles conhecerão minha risada”. Alguns minutos depois eu a olho e ela está chorando e diz, “Mas eles não conhecem minhas lágrimas”.

MM: Eu queria que houvesse um botão e áudio nesta página para os leitores poderem ouvir a imitação da Dolly Parton que você acabou de fazer. Foi impecável.

JA: [na voz de Parton] Aw, obrigada, querida.

MM: Qual seria o seu talento se você fosse uma competidora de concurso de beleza?

JA: Meus talentos não são bastões girando, dançar hula, sapatear, ser ventríloqua ou cantar. Eu seria eliminada na hora. Fora. Sem talento.

MM: Que tal você subir no palco e fazer uma margarita? Você é muito boa nisso. Diga-nos como.

JA: Oh, Deus, mal é uma receita. É basicamente tequila com suco de limão misturada sobre gelo. E algumas pessoas gostam de um pouco de Cointreau, algumas não. Sem açúcar, sem misturas. Eu não gosto de bebidas doces.

MM: Eu gosto da minha com um Twizzler como canudo. Dumplin' é escrito, produzido e dirigido primariamente por mulheres. As protagonistas são todas mulheres. O timing é perfeito para um filme assim.

JA: Sim, um monte de mulheres ótimas na frente e por trás das câmeras. Todas extraordinariamente qualificadas. Isso não foi porque era mandatário, não foi por causa de um movimento. Elas são parte deste filme porque elas são excepcionalmente talentosas. Rachel Morrison foi nossa DP em Cake e a primeira mulher a ser indicada ao Oscar de melhor cinematografia [por Mudbound]. Ela é incrível. Nós precisamos encontrar mais mulheres como ela e dar a elas oportunidades. É como cavar por ouro. Nós não devemos enfiar diretoras e produtoras goela abaixo porque precisamos. Assim estamos fazendo nossas decisões por um lugar de medo.

MM: Você já foi assediada em ambiente de trabalho?

JA: Eu definitivamente passei por alguns movimentos estranhos feitos por outros atores, e eu lidei com isso saindo fora. Eu nunca tive ninguém em uma posição de poder fazendo eu me sentir desconfortável e exercer poder sobre mim. Em minha experiência pessoal, fui tratada pior verbalmente e energeticamente por mulheres nessa indústria.

MM: Você já sofreu sexismo em sua carreira?

JA: Eu definitivamente tive minha parcela de sexismo na indústria. Mulheres são escolhidas de lado e colocadas umas contra as outras baseadas em aparência, roupas e coisas superficiais. Quando um casal se separa em Hollywood, é a mulher quem é a desprezada. A mulher é deixada triste e sozinha. Ela é um fracasso. Foda-se isso. Quando foi a última vez que você leu sobre um homem divorciado e sem filhos sendo referido como um solteirão?

MM: Nunca acontece. Você tem esperança em uma mudança em resposta aos movimentos Time's Up e #MeToo?

JA: Sim, e está atrasado. Mas nós também precisamos ficar melhores em ouvir uns aos outros. Isso inclui os homens. Eles precisam ser parte desta conversa. Quando todos estão bravos e agressivos, as pessoas ficam com muito medo de falar e então não há conversa. Mesma coisa para a política. Nós precisamos nos incluir e nos ouvir. Não podemos nos inclinar para a raiva. Michelle Obama disse melhor: “Quando eles vão baixo, nós vamos alto”. Nós deveríamos todos viver por isso, se queremos progresso.

MM: Eu me preocupo que as redes sociais estejam retardando este progresso com essa expectativa de que todos se pareçam bem o tempo todo. Você é ativa nas redes sociais ou deixa tudo desligado?

JA: Eu não tenho contas no Twitter, Facebook ou Instagram. Eu admito que de vez em quando eu dê uma olhada no Instagram como uma espécie de passageira.

MM: Você é assustadora!

JA: Eu sou assustadora. Há vezes quando estou olhando e penso, “Meu Deus, que perda de tempo!” Eu estive com pessoas que gastaram talvez uma hora pensando em um post, e você fica, “Isso acabou de ocupar uma hora da sua vida, e se foi em 60 segundos.” Parece que estamos perdendo a conexão. Eu acho que estamos perdendo a conversação. É difícil o suficiente ser uma adolescente e sentir que você se encaixa. Agora nós estamos ativamente criando uma plataforma para você dizer para alguém, “Eu gosto de você” ou “Eu não gosto de você”. Isso parece uma fórmula nada saudável para adolescentes já inseguros. Estamos jogando combustível no fogo.

MM: Eu não consigo me imaginar lidando com essa pressão quando adolescente.

JA: Nossos amigos têm filhos de 10 e 11 anos no Instagram. Eles estão começando muito mais jovens do que quando eu comecei a dar alguma importância sobre como eu me pareço ou sobre a maquiagem que eu usava ou o cara que eu gostava. Eu acho que iPhones e Snapchat e todas essas coisas estão apenas alimentando narcisismo. As pessoas estão usando filtros e todos os tipos de ferramentas para mascarar quem são.

MM: Como era sua confiança quando criança?

JA: Eu era uma daquelas crianças que sofreram um pouco de bullying, e eu não sei o porque.

MM: Ninguém irá acreditar nisso.

JA: Ha! Mas eles acreditam quando eu estou grávida três vezes por ano. Eu era uma daquelas crianças que os outros decidiam zoar. Foram períodos ruins durante a quinta, sexta e sétima séries. Eu era um pouco gordinha, eu então eu era essa criança. A infância é uma época muito vulnerável, e eu tenho certeza que uma parte de mim acreditou em tudo sobre o que eles me provocaram. Felizmente, eu não tinha um telefone ou rede social para olhar, “Oh, eu não sou isso, eu não sou aquilo”. Eu só queria me divertir e brincar de pega a bandeira.

MM: Você alguma vez se imaginou como uma atriz?

JA: Eu não me via como nada. Eu estava apenas tentando sobreviver o dia. [risos] Na sexta série eu escrevia esquetes e as atuava com alguns outros amigos, e nós achávamos que éramos hilários. Ou íamos para o Central Park, e quando as cerejeiras estivessem dando fruto, nós atuávamos cenas do Mágico de Oz. Nós fomos para a Rudolf Steiner School, que é uma daquelas escolas muito artísticas. Não era grande em acadêmicos, mas eu consigo talhar um leão de uma peça de mogno como ninguém no mercado.

MM: Eu já vi esse leão. Agora, para algumas perguntas bobas. Você já quis socar alguém?

JA: Certo, vamos ser honestos. Eu tive um momento quando eu totalmente queria fazer isso, sim, mas está em sua fantasia, em sua cabeça. Eu não iria realmente fazer isso.

MM:
 Não, você é muito zen para isso. Qual seria um medo que você gostaria de superar?

JA: Medo de voar. Começou nos meus 20 anos. Era um estranho medo de voar. Depois, eu comecei a notar as historias nos noticiários sobre quedas de aviões. Estava tão fora do meu controle no meu cérebro. Então, sim, isso é algo que eu gostaria de me livrar. É tão irracional.

MM: Qual hobby você gostaria de se tornar mestre?

JA: Esculpir. Doze anos atrás, eu tinha um lindo estúdio de arte e aquilo era o meu sonho na época. Eu ainda quero tirar um tempo para ter esses momentos para eu mesma. Eu tinha uma roda e um monte de argila.

MM: Vamos colocar você de volta na roda. Se sua casa estivesse pegando fogo, os cachorros estão fora, você está fora, todas as pessoas que você ama estão fora, qual seria a única coisa que você pegaria?

JA: Isso realmente aconteceu. Quando nós tivemos que ser evacuados em Dezembro por conta das queimadas, eu peguei meus cachorros, peguei calcinhas, minha escova de dente e uma muda de roupas. Apenas pegue meus cachorros e me tire daqui. Eles são meus filhos!

MM: Você é uma ótima pessoa para cachorros. Você se ilumina quando está perto deles.

JA: Eu fico. Eles me deixam felizes, mas suas crianças também.

MM: Você é ótima com minhas crianças. Quando eu não tinha filhos, eu gostava dos filhos das pessoas, mas eles eram divertidos por tipo, 10 minutos. Mas você é tão genuinamente investida nos filhos de seus amigos que as crianças acabam comprando presentes de Dia das Mães para você. Você também tem uma casa que as crianças querem ir. Você realmente tem hospedagem masterizada para famílias em sua casa.

JA: Eu amo aqueles malandrinhos. Também, elas são boas crianças. Eu tenho que dizer, nós somos sortudas. Não há uma criança no grupo que você pense “Sua mimada.”

MM: Qual é o seu exercício de escolha?

JA: Anos passado eu descobri boxing, e eu amo. Eu tenho esse treinador chamado Leyon, que eu acredito ter pendurado a lua. É o mais longo treino que eu já fiquei constantemente alem de yoga. Há algo sobre o aspecto mental do boxing – os treinos, seu cérebro tem que trabalhar, você não está apenas sentada na bicicleta. É incrível.

MM: Eu sabia que você queria socar alguém!

JA: Boxing é um ótimo jeito de tirar a agressão fora. Você tem um alivio mental de toda esta merda que você enfia em seus ouvidos e olhos todo dia e tem uns momentos de fantasia imaginando quem você é realmente socando. Eu sou grata que não é realmente uma pessoa, mesmo que há uma pessoa. Você entende o que eu digo. É tudo bom.

MM: E FriendsFriends irá retornar algum dia?

JA: Antes de a série terminar, as pessoas estavam perguntando se iríamos voltar. Courteney [Cox] e Lisa [Kudrow] e eu conversamos sobre isso. Eu fantasio sobre isso. Foi o melhor trabalho que eu já tive. Eu não sei como seria hoje, mas você nunca sabe. Tantas séries estão sendo refeitas com sucesso. Eu sei que Matt LeBlanc não quer ouvir mais esta pergunta. Mas talvez conseguimos convencê-lo. Ou nós apenas esperamos algum tempo e então Lisa, Courteney e eu podemos fazer um reboot de The Golden Girls e passar nossos últimos anos juntas em móveis de vime.

MM: Eu sinto que se você escolher, você terá a carreira mais longa que quiser. Você pensa que irá fazer isso para sempre?

JA: Eu nunca fui uma pessoa que sabe como responder, “Onde você se vê em cinco anos?” Eu sei dizer que ultimamente eu tive momentos. O mundo em que estamos agora é tão desafiador, o escrutínio, o jeito que as pessoas interagem. Há muito mau comportamento ao nosso redor. Houve momentos que eu apenas adoraria sair daqui e me mudar para a Suiça – ou algum outro lugar – e recomeçar. Apenas deixar essa merda para trás. Isso realmente importa? Nós realmente estamos fazendo algo? Esse é o propósito da minha vida? A cada sete anos eu tento resumir o que estou fazendo e o que quero focar. Estou tentando fazer escolhas melhores. Eu passei por um período de dizer sim para projetos que eu não deveria, mas senti como, “Como eu ouso dizer não?” Agora estou tentando ficar melhor em dizer não e fazer parte de projetos que realmente importam como Dumplin’ ou The Goree Girls ou esse outro filme que estamos trabalhando chamado The Fixer, sobre uma incrível gerente de crise chamada Denise White.

MM: Bom. Você precisa continuar. O mundo está uma merda no momento, e nós precisamos de filmes Aniston para escapar.


JA: Eu sou grata enquanto as pessoas ainda querem que eu venha para a festa. Eu acho que irei sempre querer continuar atuando enquanto houver desejo para eu fazer isso. Enquanto eu estiver preenchida em outras maneiras criativamente, espiritualmente e todo esse tipo de coisa, eu sei que eu posso fazer isso até que eles me coloquem em casa.


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