Jennifer Aniston é capa da Architectural Digest

Jennifer Aniston estampa a capa da edição de março da revista de arquitetura e design, Architectural Digest. Jen abre pela primeira vez as portas de sua casa, a qual divide com seu marido Justin Theroux e os três cachorros do casal, e fala sobre sua paixão por design em uma bela entrevista.

ENTREVISTA

Jennifer Aniston leva Architectural Digest para dentro de sua linda casa na Califórnia

No alto de Los Angeles, Jennifer Aniston constrói uma cena de pura felicidade doméstica com seu marido Justin Theroux, uma espetacular casa do meio século e um trio de cachorros muito felizes.

Há uma seriamente imponente mesa no escritório de casa de Jennifer Aniston que parece ter sido arrancada de uma suíte executiva de algum conglomerado internacional. Radia positivamente autoridade. “Eu me sinto extremamente poderosa quando sento naquela mesa — tão poderosa, de fato, que eu quase nunca estou lá”, brinca a efervescente atriz. Ao invés, Aniston prefere trabalhar no relativamente modesto computador em sua iluminada cozinha da casa de Los Angeles que divide com seu marido, ator e roteirista Justin Theroux, e seus três cachorros. “É muito mais confortável”, ela explica, “E eu sou toda sobre conforto”.

É difícil não amar Jennifer Aniston. Mais de duas décadas após a estrela de Friends reivindicar o título de Queridinha da América — uma distinção duvidosa, talvez, mas, entretanto apta — Aniston não mostra sinais de renunciar o papel. Ela é engraçada, modesta, e milagrosamente com os pés no chão, especialmente dado ao insano escrutínio dos tablóides que tem acompanhando cada passo de sua carreira, vida amorosa e, sim, cortes de cabelo. E para os aficionados em design, Aniston se orgulha de mais uma atração: ela tem um gosto incrível.

“Se eu não fosse atriz, eu gostaria de ser uma designer. Eu amo o processo”, diz a constante renovadora de casa. “Há algo em pegar tecidos e acabamentos que alimenta a minha alma.” O comprometimento de Aniston com a arte foi certamente colocado em teste no seu último projeto residencial, a recriação de uma casa em Bel Air que foi desenhada pelo arquiteto A. Quincy Jones e completada em 1965.

A atriz adquiriu a propriedade em 2011, após vender sua amada casa desenhada por Hal Levitt no enclave Trousdale Estates (AD, Março 2010) em L.A. e tentando mudar para Manhattan — um movimento frustrado por um paparazzi raivoso que ficou plantado do lado de fora de seu prédio em Greenwich Village. Quando ela comprou a propriedade em Bel Air, havia acabado de passar por uma renovação pelo arquiteto Frederick Fisher, quem, apesar de sua simpatia à visão de Jones, aceitou ser um pouco mais minimal para o gosto de Aniston. “Tinha uma sequência de entrada muito dramática que levava para essa enorme porta da frente pintada em vermelho chinês”, a atriz relembra. “Esteticamente, isso era o mais longe do que eu queria, mas eu imediatamente tive o senso de que isso poderia funcionar. É difícil descrever, mas eu senti uma conexão.”

Aniston alistou a ajuda de um interior de design da AD100, Stephen Shadley, o qual ela colaborou em sua casa anterior em L.A., para performar uma alquimia similar em Bel Air, para preservar o caráter modernista do esquema original enquanto amolece algumas de suas linhas afiadas e equipando o interior com táteis, acabamentos e mobílias orgânicas. “Jen é atraída para a madeira, pedra e bronze, materiais que tem reais substâncias e profundidade. Não importa o quão bonito e glamoroso alguma coisa é, ela tem que ser aconchegante e convidativa”, Shadley diz.

Aniston concorda com a ideia. “Sexy é importante, mas conforto é essencial”, ela declara, apontando como evidência para o sofá vintage Jean Royère Polar Bear, poltronas Jacques Adnet, e o sofá-cama Mies van der Rohe arranjado na sala de estar. Aniston credita as camadas habilidosas do interior da casa a um esforço em equipe, com importantes contribuições de Shadley e os designers de L.A. Kathleen e Tommy Clements e Jane Hallworth. Theroux também teve sua influência.

“Justin definitivamente quis estar envolvido, então houve um pouco de uma curva de aprendizado para mim em como incluir outra voz do processo de design”, Aniston explica. “Para a instância, eu descobri que dizer imediatamente ‘Não!’ para qualquer sugestão não é o movimento mais colaborativo.”

Aniston descreve a decoração de séculos atrás como “Mundo Antigo conhece o Mundo Novo”, uma mistura poliglota de papéis de parede pintados a mão e móveis da metade do século, tapetes de seda e concretos polidos, telas de antiguidade japonesa e pinturas de Expressionismo Abstrato. Ainda para as peças de pedigree a mostra — artes por Adolph Gottlieb, Robert Motherwell, e Glenn Ligon; mobílias por Vladimir Kagan, Edward Wormley e Arturo Pani — o real triunfo repousa na harmonia das várias composições decorativas dentro da reconcebida arquitetura de interior de Shedley.

“Cada canto que você vira, tem uma experiência. Qualquer lugar que você olha, há uma vista. Nós trabalhamos muito duro para conseguir esse fluxo certo”, Aniston diz. A mesma motivação guiou a transformação dos quintais, que previamente continha uma vinha de encosta. Designer de jardim Marcello Villano e a arquiteta panorâmica Anne Attinger reorganizaram os espaços ao ar livre como uma série de salas ao ar livre interconectadas, terraços, e jardins de bolso inspirados na Ásia. Domingos na casa Aniston-Theroux são reservados para cozinhar e se divertir a beira da piscina com amigos, crianças e cachorros. “Nós fazemos um belo bar de tacos, e o chilli é muito bom nos meses frios”, a atriz diz.

Apesar da carreira de Aniston permanecer maior do que nunca (seu próximo papel é de uma ex-rainha de concursos de beleza na comédia independente Dumplin’), a vida e lar que ela construiu continuam sendo suas prioridades. “Houve um tempo em que eu achava que havia algo romântico em ficar se mudando a cada três meses. Agora estou me tornando mais particular sobre os projetos que aceito”, ela diz. “Eu olho em volta para o meu marido e meus cachorros e nosso lar, e não há algum outro lugar que eu queira estar.”