sexta-feira, 20 de janeiro de 2017

Entrevista de Jennifer ao Variety


Jennifer Aniston deu uma entrevista ao site da revista Variety e falou sobre o drama The Yellow Birds, sobre voltar para a TV e mais. Confira:

Jennifer Aniston não é uma estranha no Sundance Film Festival, tendo caminhado no Park City para as estreias de “Por Um Sentido na Vida (The Good Girl)” em 2002 e “Amigas com Dinheiro (Friends with Money) em 2006. Esse ano, ela interpreta um papel coadjuvante no drama “The Yellow Birds”, como a mãe de um jovem homem (Tye Sheridan) que se alista na Guerra do Iraque.

“É uma história poética,” diz Aniston, que também é produtora executiva do projeto, dirigido por Alexandre Moors, com um elenco que inclui Toni Collette e Alden Ehrenreich como outro soldado. “É de partir o coração — essas famílias todo dia não sabendo se seus filhos irão voltar pra casa.” Antes de sua estreia no sábado, Aniston conversou com o Variety sobre o filme, ela está aberta a voltar para a TV, e o que a inspirou a escrever sobre a cultura do tablóide.

Como você encontrou esse filme?
Ele chegou a mim por meio do Mark Canton e Courtney Solomon, com quem eu fiz “Cake”. Enquanto estávamos filmando “Cake”, eles estavam no processo de conseguir os direitos desse livro. Eu li o roteiro e aquilo foi absolutamente de arrancar o intestino. Não é normalmente que eu me precipito em direção a um filme como este. Eu me apaixonei com toda a ideia. Quando eles me pediram para interpretar uma das mães, eu disse “É claro.”

Você se encontrou com mães reais de veteranos de guerra para pesquisa?
Eu falei com o Alex, li o roteiro, e trabalhei com essa incrível mulher que é uma treinadora de atores, chamada Nancy Banks. Apenas escutando a entrevistas... intermináveis entrevistas. Sai dessa experiência cheia de gratidão que todos nós precisamos ter. Quando não estamos na linda de frente, estamos bastante afastados assistindo as noticias. E os extraordinários sacrifícios que essas pessoas fazem. A propósito, Alden e Tye, os dois atores que interpretam os soldados, são deslumbrantes. Alden é como assistir a um jovem Leonardo DiCaprio.

Há tantos compradores no mercado agora, de distribuidoras tradicionais, à Netflix e Amazon. Você tem alguma ideia de onde quer que esse filme vá?
Qualquer lugar seria um lugar incrível. Netflix, Amazon, tudo o que você está vendo na televisão é fantástico. É quase como se não tivesse muita diferença. Estamos nos divertindo assistindo “The Crown.”

Mas Netflix e Amazon lançam filmes no cinema também.
Isso é verdade. Costumava ser pensado como não tão respeitado quando um filme vai para streamming, mas eu acho fantástico. Eu sempre serei uma idiota por querer ir aos cinemas. Tem algo que me deixa triste por essa experiência estar se tornando cada vez menos e menos (praticada), porque as pessoas estão vendo tudo em suas televisões. Mas no final do dia, se é tão bom quanto — se não melhor — por que não?

Você estaria aberta a voltar para a TV?
Sim, estaria. Tenho pensado muito sobre isso. É lá onde o trabalho está. É lá onde a qualidade está. Nesse ponto da minha carreira, eu quero ser parte de histórias maravilhosas, personagens animadores, e também apenas me divertir. Quando você está em seus 20 (anos), ir para longe de casa era uma aventura — conhecer gente nova, ver outras partes do país ou mundo era tão emocionante. Agora é mais sobre ficar perto de casa e aproveitar o tempo. Passa muito rápido. A experiência precisa ser uma boa experiência. Eu não tenho mais tempo para gritos, diretores bravos, ou mau comportamento.

Você vai continuar produzindo?
Oh, eu amo isso. Há algo muito emocionante sobre ser parte do projeto desde sua semente, e o fazer acontecer. E você se sente tão orgulhosa disso em um outro nível.
Seu artigo no verão passado sobre a toxidade sobre a cultura do tablóide fazendo manchetes. Por que você decidiu escrevê-lo?
Eu fiquei cansada. Eu estava realmente sensível, vulnerável. Eu tinha acabado de perder a minha mãe, e eu fiz isso por mim mesma originalmente como um jeito terapêutico de lidar com a besteira. Eu sempre fui avisada para não responder, não falar, isso irá embora. Eu estava indo para o meu 15º ano desses rumores absurdos sobre a minha fertilidade, matrimônio, solidão. Eu estava cansada de ser envergonhada por ter ou não isso ou aquilo.  Eu estou perfeitamente feliz onde estou, e isso precisa ser honrado e respeitado. Eu trabalhei duro por muitos anos para ser reduzida a: “Ela está ou não está?” Eu apenas senti, escrevi, deixei tudo sair. É por isso que o rascunho original, antes de eu por nas mãos do meu editor de confiança, eram 12 paginas de mim latindo para as pessoas. E então meu parceiro [Justin Theroux] disse, “Você realmente deveria dar isso a alguém”. Eu tive esse momento de — é tempo, e quem liga como é rebido. Eu não tinha ideia de que iria obter a resposta que obteve; eu estava emocionada com aquilo. Mas tristemente, as pessoas ainda compram isso. Eles são consumidores desse lixo e o devoram.

Você não acha que isso fez diferença?
Um pouco. Está definitivamente um pouco mais na consciência das pessoas. Mas você sempre terá os Piers Morgans do mundo contradizendo algo que vêm do seu coração e dizendo, “Você é uma hipócrita.”

E finalmente, há uma Marcha das Mulheres acontecendo no Sundance no dia após a inauguração, liderada pela sua amiga Chelsea Handler.
Bem, sou tudo sobre isso. Isso aí. O que todo mundo está realmente vendo agora é que há muito medo lá fora como nunca vi na minha vida. Eu apoio todas as mulheres e homens que estão indo para a marcha. Nós temos o inalienável direito de fazer isso. Espero que penetre e todos sejam ouvidos.
Para ler a matéria original, clique aqui.

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