terça-feira, 27 de janeiro de 2015

Tradução: Entrevista de Jen para o THR



Apenas semana passada, por toda Hollywood as palavras Jennifer Aniston e Indicação ao Oscar estavam sendo mencionadas na mesma respiração. A estrela de Friends fez uma maravilhosa mudança para um sério drama com Cake, um filme independente de 7 milhões que estreia dia 23 de janeiro. O filme estreou no TIFF com maravilhosas reviews para a atriz, ela contratou a consultante Lisa Taback, e uma indicação parecia certa.

Então na quinta, o tapete do filme foi puxado. Horas depois da Premiere de Cake em Los Angeles, com uma indicação de todos os outros prêmios de Hollywood conquistada, um turbilhão de frases ESNOBADA! surgiram quando as indicações para melhor atriz foram anunciadas e elas não incluíram a atriz.

"Eu sei que muitos pessoas sentiram muito," ela fala, falando do dia após as indicações. "Eu sinto que eu tenho recebido tanto amor maravilhoso - eu recebi quase mais ligações e flores do que eu recebi para qualquer outra indicação."

(...)

Nós sentamos na sala cavernosa de Aniston em Bel Air, com a cidade se espalhando através da janelas. É dia 8 de janeiro, uma semana antes da indicações serem anunciadas, mas agora outras coisas estão na mente dela.

"Eu chorei profundamente. Eu senti imensa perda em minha vida. Qualquer pessoas que já sentiu dor ou perda que te deixou de joelhos sabe como é."

As palavras dela me pegaram de surpresa. Nós estamos no meio de uma entrevista de duas horas, e a mulher efervescente que eu achei que conhecesse tão bem por Friends abaixou seu escudo profissional, revelando uma pessoa mais complexa e talvez vulnerável por dentro.

Ela acabou de sair do longo sofá cinza que ela estava sentada em sua casa minimalista e agora está ajoelhada no chão, um braço apoiado na mesa de café, usando jeans e uma camisa, parecendo jovem e bem torneada. Seu cabelo está perfeito, claro. 

Eu escuto um pouco de arrependimento, apesar de ela insistir, "Eu me sinto muito feliz. A vida é muito extraordinária." As palavras dor, raiva e controle aparecem em nossa conversa -  e não apenas com relação a Cake.  

Cake marca uma transição para a estrela, que está em um ponto em sua vida onde transições realmente importam. Seria errado falar que ela está tendo uma crise de meia idade. Mas pode ser justo falar que ela está experimentando uma contemplação de meia idade, quando perguntada sobre sua vida, e sobre a vida, são supremas.

Aos 45 anos anos, usando óculos aviador, Aniston não é mais a ingênua que se tornou dona de casa aos 25 anos. Ela chegou a um acordo com um relacionamento complicado com sua mãe, aprendeu a moderar sua vontade de sempre estar no controle e superou problemas sobre raiva, especificamente seu longo passado como passiva-agressiva.

Sua vida é invejável. Ela é rica o suficiente para nunca mais ter que trabalhar, e tem um forte parceiro com o ator Justin Theroux, quem ela planeja casar logo. E mesmo assim, ela ainda está tentando entender o que isso tudo significa, e enquanto o tempo passa, isso vai crescendo na importância.

"O tempo passa muito rápido esses dias, eu não sei porque. Quantas vezes seus pais falaram, 'Pare de querer tudo com pressa'? Você quer que o verão acabe, você quer que o Natal acabe, você quer que isso acabe, você quer que tudo acabe para que você possa chegar na próxima coisa. E cara, voc6e realmente gostaria de ter ouvido muitas coisas que eles disseram."

Ela passou por muitas coisas, incluindo sua própria crise de dor cronica de um nervo no pescoço, devido ao stress, que durou meses e a mandou a especialistas. "Eu vi essa médica incrível chamada Alison Tunney que mudou minha vida com essas coisa chamada técnica direcional sem força. É como descascar uma cebola, como descascar anos de lesões."

Ela também teve que lidar com a morte prematura de uma amada terapeuta, várias histórias de tabloides sobre sua fecundidade, ou a falta dela, e algumas reviews murchas por filmes que estão abaixo de seu talento.

Não menos importante é a obsessão do público por sua separação de Brad Pitt, mesmo tendo passado uma década desde o divórcio. Ela é tida como a esposa rejeitada, eternamente vista como a vítima, mesmo que isso seja longe do que ela ver.

"Nós não nos comunicamos diariamente, Mas nós não desejamos nada além de coisas maravilhosas para o outro. Ninguém fez nada errado. Sabe o quero dizer? Foi apenas, as vezes coisas acontecem. Se o mundo apenas pudesse parar com essa novela estúpida e mentirosa. Não tem história. Quero dizer, nesse ponto está começando a se tornar - por favor, deem mais crédito para esses seres humanos."

Apesar de seu divórcio, ela fala que não tem hesitação em se casar de novo e usa um enorme anel de noivado dado a ela por Theroux, que mora com ela em Bel Air, apesar de nenhuma data ter sido marcada para o casamento. "Nós não temos uma data," ela fala, depois adiciona maliciosamente, "Eu não te contaria se tivéssemos."

Quanto a ter filhos: "Escuta, esse é um assunto que é tão cansativo. Eu fico nervosa com isso, apenas porque é muito pessoal. Quem sabe se vai acontecer? Tem sido um desejo. Estamos fazendo nosso melhor."

Aniston fala que apenas agora ela está aprendendo a lidar com a raiva - descobrindo como expressá-la, ao invés de a manter fechada. "Eu sempre pensei, se você está com raiva apenas não diga nada. Eu ficava passiva, as coisas ficavam passivas. Mas não tem que ser de um jeito ou outro. Você não tem que ser uma pessoa histérica e ter veias saltando de seu pescoço e ficar vermelha e assustar as pessoas - ou nem ficar calada e colocar a sua cabeça na areia. Eu costumada desprezar confronto. Detestar. Era absoluto. Eu entendia a raiva, mas eu não sabia que você deveria expressá-la. Tem sido algo que eu tenho realmente tentado trabalhar."

Ela também tentou controlar sua necessidade por ordem.  "Eu sou uma louca por controle," ela admite. "Eu gosto de estar no comando de tudo. Minha vida era tão fora de controle quando eu crescia, é muito importante hoje que esteja em controle." Até hoje, ela diz, "Eu tenho que morder minha língua as vezes se eu estou em um filme, quando eu acho que eu posso descobrir como resolver esse problemas que eles estão tendo. Eu apenas mordo minha língua, especialmente com um diretor ruim. Alguns diretores são apenas - Oh Deus, Oh Deus, Oh Deus! Eu tenho que sofrer por isso."

Anos de terapia ajudaram, apesar de Aniston ter levado muito tempo apara achar alguém para substituir sua terapeuta favorita. que morrer de ataque cardíaco anos atrás.

"Foi uma época louca, bem quando nós estávamos passando por nosso divórcio e tudo. Mas eu aprendi tanto nos quatro anos que trabalhei com ela, que quando ela morrei eu lembro de pensar,  'Wow, tudo que nós falamos e discutimos, me permitiu ser realmente pacífica sobre tudo. ' Quero dizer, houveram momentos humanos. Mas eu realmente estava chocantemente OK."

Tudo que ela fez com  a terapeuta centrou no assunto fundamental de auto-afirmação, retornando Aniston ao tema da raiva. "A coisa inteira dela comigo era falar, 'Você tem que se levantar por você na vida'. Ela realmente estava me ajudando a lidar com raiva e aprender como expressar sem sentir medo de que eu fosse ser assassinada como resposta."

Meditação também ajudou, ela diz, e recentemente ela tem meditado bastante. Na maioria das vezes ela pratica em casa ao invés de seguir um guru particular. "Eu estou em um realmente bom regime pessoal e estrito. Esses dias, eu tenho feito todos os dias. Eu tenho um pequeno lugar em casa, e eu faço por uns 20 minutos, em horários diferentes, geralmente depois de um café e antes do caos começar." Ela encontrou inspiração em Dalai Lama, apesar de nunca terem se conhecido. "Mas eu adoraria conhece-lo. Pelas coisas que eu ouvi sobre ele, livros e palestras, ele parece pura alegria, pura, pura, pura iluminação."

Ela tem poucos heróis que pode citar, além de Dalai Lama. "Todos eles estão mortos agora," ela observa, antes de citar Laurence Olivier, que morreu em 1989. "Honestamente, eu era obcecada por ele quando eu era criança. Eu apenas lembro de ser tão encantada por ele. Eu lembro de pensar, 'Talvez algum dia, se eu me tornar uma atriz, eu possa trabalhar com ele.' E eu lembro do dia que ele morreu, chorando muito."

Ela parece próxima de Theroux, que rapidamente interrompe nossa entrevista, vestido com uma jaqueta de couro preta, e dá um beijo nos lábios dela. Os dois se conheceram quando Aniston estava de férias no Havaí com Courteney Cox e estão juntos há quatro anos.

"Foi o humor dele, principalmente," que a puxou até Theroux, ela diz. "Ele é o cara mais fácil de se ficar. Ele era completamente na pele dele. Foi a primeira vez que eu lembro de estar tão confortável [com interesse romântico], como com todos os meus amigos gays."

Ela permanece muito amiga de Cox, com quem ela passou a véspera de Natal, e ela diz que viu Lisa Kudrow no dia antes de nossa entrevista.

Além dos programas dessas atrizes, ela diz, ela não assiste muita televisão, e a tv que ela assiste raramente é um seriado. Ela gosta do Nightly News com Brian Williams, e os programas favoritos incluem 60 Minutes, House of Cards, Breaking Bad e Veep.

"E então tem o lixo da televisão," ela diz, sorrindo, falando que adora The Bachelor. "Eu vou falar alto. Ano passado, amigos estavam falando, 'É The Bachelor, está estreando hoje! The Bachelor estreia hoje!' E eu falava, 'Oh gente! Sério? The Bachelor? Isso passa há uns 15 anos ou algo assim.' E Justin e eu, apenas por diversão, assistimos - e duas horas depois, nós estávamos viciados. Era como comida ruim. Nós ficamos tristes quando terminou."

Ela tem uma paixão por arte, e na sua sala há pinturas de Marc Chagall, Robert Motherwell e Glenn Ligon, esse último que ela comprou em um evento beneficente para o Haiti organizado pelo amigo Ben Stiller. "Eu costumava ter um estúdio de arte e pintar e trabalhar com argila, e eu na verdade sinto falta disso. Eu estava movendo caixas, e eu achei minha roda e meus cavaletes e todos os meus livros. Eu achei tudo isso, então eu posso construir um pequeno estúdio de arte na casa."

Ela não lê muito, resultado da dislexia que impactou sua educação e imagem de si mesma, que não foi diagnosticada até ela estar no começo de seus 20 anos. 

"A única razão de eu saber que tinha foi porque eu fui pegar uma receita para óculos. Eu tinha que usar esses óculos buddy holly. Um tinha lentes azuis e outro lentes vermelhas. E eu tive que ler um paragrafo, e eles me deram um quizz, me deram 10 questões baseado no que eu tinha lido, e eu acho que acertei três. Depois eles colocaram um computador no meu olho, mostrando para onde meus olhos iam quando eu lia. Meus olhos pulavam quatro palavras e voltavam duas palavras, eu também tinha um pouco de olho preguiçoso, como se fosse cruzado, que eles sempre tem que corrigir nas fotos. "

A revelação de que ela tinha dislexia mudou sua vida. Até lá. "Eu achava que eu não era inteligente. Eu não conseguia guardar nada. Agora eu fiz essa grande descoberta. Eu senti como se todos os meus traumas de infância morressem e os dramas e tragédias fossem explicados."

Ela se levante e atravessa a sala para ajustar um divã. "Desculpa, eu tive que mover isso," ela diz.

Aniston crescei em NY, filha de dois atores. Sua vida se chacoalhou quando seus pais se separaram, deixando a garota de 9 anos com sua mãe, Nancy Dow, enquanto seu irmão mais velho, John, se mudou para Los Angeles.

Agora, ela fala sobre sua mãe, "Estamos todos bem", mas houve anos que elas não se falavam.
"Ela tinha um temperamento. Eu não consigo tolerar isso. Se eu fico com raiva, eu discuto as coisas. Eu nunca vou gritar ou ficar histérica desse jeito. Mas nunca me ensinaram que eu podia gritar. Uma vez, eu levantei minha voz para minha mãe, e eu grite com ela, e ela olhou para mim e começou a rir. Ela estava rindo de mim por gritar de volta. E foi como um soco no meu estômago."

Ela para, depois acrescenta: "Ela era muito crítica. Ela era muito crítica comigo. Porque ela era uma modelo, ela era linda, maravilhosa. Eu não era. Eu nunca fui. Eu sinceramente ainda não penso em mim dessa maneira, o que está bem. Ela também não perdoava. Ela guardava rancores que eu achava tão mesquinho."

Aniston diz que não guarda mágoas e perdoa "provavelmente demais. Tem pessoas na minha vida que falam, 'Como é que você ainda fala com esse cara?' Mas para que ficar com raiva? Isso é tão tóxico. Nós somos seres humanos. Seres humanos cometem erros. Seres humanos não são perfeitos. E não perdoando alguém, é não permitir que as pessoas possam evoluir e se tornarem pessoas melhores."

Nos seus anos de juventude, ela teve o apoio da mãe de seu pai, Stella. "Ela era uma avó grega que me amava mais do que tudo e era muito divertida de se ter por perto. Ela tinha as melhores histórias, ela me fazia rir. Linda, engraçada, maravilhosa, histérica - todos os gregos, toda a minha família grega, era assim." Ela passou um ano visitando eles quando criança, em Atenas e Creta, e a morte de sua avó permanece como um dos momentos mais traumáticos de sua vida. "Eu tinha uns 21 anos e foi a primeira vez que eu perdi alguém. Foi muito triste. Mas então, como tudo, você tem que seguir em frente."

Enquanto ela crescia como grega ortodoxa e foi batizada na St. Sofia, ela diz que não tem uma religião estrita. "Eu cresci vendo muita negatividade com religião. Eu na verdade tive uma bela educação com isso, porque nunca foi contra minha vontade, e eu tive o prazer de ir para a igreja e experimentar a cerimônia e o ritual e incenso, e eu achava bem lindo. Mas outras crianças que eram de famílias católicas, ou cristãs estritas - tinha essas coisas de 'Você vai para o inferno.'"

Ela não era uma boa estudante, ela diz, em boa parte por causa da dislexia. Apesar de não melhorar sua auto imagem, a levou a desenvolver seu humor inato. Ela era engraçada na escolas, as pessoas gostava dela. Suas paixões eram aulas de arte e um workshop onde ela tentou aquarela e carvão vegetal e esculpia criaturas como leões de madeira que ela ainda tem -  e claro, drama.

Depois de atuar na escola, ela conseguiu sua primeira peça off broadway em 1988, quando ela ainda estava no fim de sua adolescência. No começo dos 20 elas se mudou para Los Angeles e no meios dos 20 conseguiu o papel em Friends. "Eles queriam que eu fizesse o teste para Monica, e eu li o script e não quis o papel de Monica. Eu queria fazer a Rachel."


O papel a deixou insanamente rica e famosa, e nos últimos anos Aniston foi paga um astronômico 1 milhão por episódio. Mas  tudo isso acabou, e não há planos de uma reunião.

"Isso está completamente no passado," diz ela com um pouco de nostalgia.

Cake, que fez Aniston receber indicações ao Globo de Ouro e ao SAG, colocou um ponto de exclamação no presente.

Foi um comprometimento não apenas com um papel, mas com o próprio trabalho, mostrando que até essa mulher que tem tanto, ainda procura algo mais que dinheiro e fama.

"Como vítima de um acidente que qualquer movimento é doloroso," escreveu Sheri Lindes no Los Angeles Times, "Aniston leva ao papel uma impressionante agonia física e traz bom timing ao bem vindo humor do roteiro."

Até o roteiro chegar a ela, a atriz tinha planejado pegar leve. "Eu estava trabalhando nos últimos dois anos, e eu na verdade estava pensando: Esse ano seria um bom ano para dar um tempo e talvez viajar, ou fazer algo mais no lado produtivo, talvez até dirigir outra série de curtas."

Mas então ela se apaixonou pelo material, que chegou a ela por seu agente da CAA, Kevin Huvane. Para sua surpresa, as usuais atrizes de drama o rejeitaram, e Aniston sentiu que tinha uma chance. Ela fez um teste com o diretor Daniel Barnz, depois insistiu para ele dar o papel para ela, falando para ele que ela iria "até a lua" por ele.

Dentro do seu coração, ela estava convencida que conseguiria fazer isso. Mas ela também sabia que haveria muitos pessimistas. "Me falaram muitas vezes, 'Você não é desse estilo, ' que parte de mim pensava,  'Eu não sou? Eu posso realmente fazer isso? Então foi como, 'Eu vou provar a mim mesma.' Havia uma confiança em saber que eu sou capaz de fazer isso depois de muitos anos de poder aparecer. Essa foi a primeira vez que eu tive tantas camadas para explorar. Eu peguei uma bagagem de ferramenta que eu não tinha usado."

Barnz, que escreveu para Aniston uma carta encorajadora antes de se conhecerem, diz que ele acolheu as raízes dela na comédia. "Quando eu ouvi que Jen estava interessada, eu imediatamente pensei em um dos meus filmes favoritos, Ordinary People, com uma performance dramática de uma atriz conhecida inicialmente pela comédia, Mary Tyler Moore. Eu realmente queria achar uma atriz que pudesse trazer todo o calor e humor dessa humor."

Aniston conversou com amigos que lidaram com dor - e até um terapeuta especialista, que disse para ela que "pessoas com dor cronica que usam drogas, mesmo se a dor for embora, a memória ainda guarda e não deixa ir embora."

Os 25 dias de filmagem por Los Angeles não foram fáceis, apesar de Barnz e Aniston passarem dois meses de intensa conversa sobre o papel antes das filmagens começarem. Aniston lembrou de seus próprios momentos de angústia. As emoções saíram dela de um jeito que ela nunca permitiu nas telas.

Em um momento, ela ficou paralisada de medo. Em uma sequencia onde ela mergulha na piscina na tentativa de cometer suicídio, uma fobia por água que ela tem por toda a sua vida se provou poderosa. "Eu tenho terror de água. Levou muito tempo. Eu entrava na água, e eu tinha essa coisa estranha, e eu me virava e subia. Eu estava começando a chorar. Eu realmente estava tendo muita ansiedade. Eu pensava, 'Não chore! Não chore! Não chore!' E o cara com a câmara embaixo da água vinha e falava, 'Não faça isso. Não faça mais isso.'"

Durante outra cena, quando o homem responsável pelo acidente de carro de a deixou com tanta dor chega em sua porta, Aniston estava sobrecarregada. "Ver o rosto daquele homem, eu apenas queria bater bastante nele. Felizmente, eles me deram um dublê para bater, porque eu teria matado o Bill. Esse cara grande disse, 'Você pode me socar o máximo que você puder.' E eu me lembro de ver branco e apenas bater nele take depois de take. E no dia seguinte, eu me acordei e não conseguia me mover. Meu corpo sentiu. Eu pensei, 'Que merda você fez?' "

O que vem pela frente não é claro. "Em termos da minha carreira, essa é a coisa que eu sempre deixo vir até mim. Eu nunca fui estratégica. Eu não tenho um calendário. Eu apenas vou com meu instinto."

Ela diz que está aberta a fazer teatro e até retornar a televisão. Ela também gostaria de dirigir um filme, mas não encontrou o veiculo certo. "Eu estava tentando achar um filme, e isso quase aconteceu dois anos atrás, e então veio um trabalho para atuar, então não pude fazer. Mas eu tenho que ter aquele sentimento de super animada, e eu realmente prometi isso a mim mesma, a não ser que eu sinta com todo meu coração, 'Oh, eu tenho que fazer isso,' então eu não posso. Há muito coisa em casa para eu ficar."

Casa, agora, é o epicentro de sua existência. De alguns modos, ela é uma caseira que se diverte renovando casas, assim como ela renovou a sua onde nós sentamos nesta tarde. Isso é muito mais atrativo do que outro trabalho.  "Quando você é mais nova e viaja por três, quatro meses, fazendo um filme Deus sabe aonde, é ótimo e é uma experiência divertida. Mas quando você chega em um ponto em que você quer estar em casa, e você tem um parceiro, você tem que ser seletiva."

Ela para para contemplar o que ela acabou de falar. Um de seus três cachorros, um pastor alemão branco, aparece e vai até ela, lambendo seu rosto. Ela mostra ao cachorro uma animação que ela raramente revela para estranhos.

A luz está indo embora. A vista das janelas está escura agora. Uma das duas portas grandes que leva a fortaleza de Aniston abre, e sua empresária, Aleen Keshishian, entra com uma colega. Me ocorre que Aniston se assemelha a essa casa, tão protegida por dentro, mas com ótimas vistas se espalhando quando se entra.

A vida dela é cheia até transbordar, mas ela ainda está procurando pela ótima grande coisa que irá dar significado enquanto ela entra na próxima fase. Talvez seja um papel, talvez seja algo que não tem nada a ver com seu talento.

"Há algo maior que eu estou interessada em fazer. Pode ser mais trabalho, pode ser mais criatividade, ou ser mais filantrópica no mundo. Pode parecer como um bebê. Pode parecer como uma base. Eu sei que eu tenho um propósito maior. É um quebra cabeça, e eu ainda não juntei as peças. Mas algo maios está chamando por mim."

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